MPCE e Polícia Civil realizam operação no gabinete do vereador Leonelzinho Alencar.

A ação investiga suposto desvio da verba de desempenho parlamentar (VDP) para uso pessoal e desvio de verba destinada a Instituto pertencente à família do vereador.

Leonelzinho Alencar já foi investigado por outras irregularidades durante seu mandato

O gabinete do vereadorLeonelzinho Alencar(PtdoB) foi alvo, na manhã desta terça-feira, 2, de uma operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e da Polícia Civil. A ação, comandada pela Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), investiga suposto desvio da verba de desempenho parlamentar (VDP) para uso pessoal e desvio de verba destinada ao Instituto Jáder de Alencar para fins sociais que era usada para publicidade do mandato de Leonelzinho.

Estão sendo cumpridos 30 mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador, na residência dele, no Instituto Jáder de Alencar - que pertence à família de Leonelzinho e fica em Messejana -, e na residência de funcionários e parentes do político.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Ireilande Prudente Saraiva, da 18ª vara criminal, e estão sendo cumpridos com o auxílio da Polícia Civil. O promotor Ricardo Rocha, da Procap, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, está acompanhando pessoalmente a operação. O vereador tem foro privilegiado e o processo tramita na 18° Vara Criminal.

Segundo o promotor Ricardo, a Justiça determinou o afastamento imediato do vereador por 180 dias. O MPCE divulgará mais informações sobre a operação em coletiva de imprensa marcada para a tarde de hoje.

A operação teve início às 7h30min. Segundo relatos de pessoas na Câmara que acompanharam a ação, os agentes da Polícia Civil deixaram o gabinete do vereador com duas caixas lacradas com material. O grupo também foi até o departamento responsável pela Verba de Desempenho Parlamentar.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Salmito Filho (Pros), está de licença paternidade. A sessão plenária acontece normalmente nesta terça-feira, mas nenhum dos vereadores fez referência ao fato.

Redação O POVO Online
com informações do repórter Renato Sousa