domingo, 4 de outubro de 2015

OPERAÇÃO CARDUME DA POLÍCIA FEDERAL, APÓS CONSTATAR PARTICIPAÇÃO DO JUDICIÁRIO CEARENSE NO TRÁFICO DE DROGAS E CORRUPÇÃO, TAMBÉM IDENTIFICA O ENVOLVIMENTO DE 2 EMPRESÁRIOS E 4 POLICIAIS MILITARES , BEM COMO INOCENTA O SOLDADO PM KALLEB.


A Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decor) concluiu que integrantes da quadrilha de tráfico internacional de drogas desarticulada pela 'Operação Cardume', na última terça-feira, pagaram propina a 4 policias militares, para a liberação de um traficante, no bairro Jóquei Clube, na data de 13 de maio do presente ano.
De acordo com a Decor, os 4 PMs teriam avistado Teógenes de Sousa Calou tentando vender 1 KG de cocaína a Rodrigo Oliveira Lima, em uma praça. Efetuou-se a abordagem e exigiram R$ 10 mil de cada um dos suspeitos para que fossem liberados.
Calou foi liberado após pagar a quantia exigida. Rodrigo não tinha a quantia, mas a obteve horas depois. Um dos policiais (que não estava mais de serviço), permaneceu com Rodrigo, o qual foi a um posto de gasolina encontrar Roberto Fernandes da Silva, que estava com o dinheiro. Esse dinheiro só foi liberado após um telefonema de Rodrigo para um investigado da 'Operação Cardume', que estava sendo custodiado em um presídio cearense e possuía o celular com linha grampeada com autorização judicial.
Os traficantes que os policiais militares teriam tentado extorquir eram integrantes de uma organização criminosa, comandada por 2 empresários, que importavam drogas da Bolívia e do Paraguai e movimentavam cerca de R$ 6 milhões por mês.
Por uma infelicidade, no momento da abordagem dos policiais federais ao PM que receberia a propina, o soldado PM Higor Kalleb que estava indo trabalhar no 5ºBPM (Centro), interveio e efetuou disparos contra os policiais federais acreditando que o companheiro de farda estava sendo assaltado.
As investigações da Polícia Federal constataram seguramente que Kalleb não tinha envolvimento com o tráfico de drogas, nem com a corrupção, porém, foi indiciado por tentativa de homicídio, caso esse que já está sendo devidamente analisado pelo Ministério Público Federal.
FONTE: Diário do Nordeste

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