Ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que a principal preocupação não é com o zika vírus, mas com a dengue, que mata |
O Ministério da Saúde confirmou que há 16 pacientes infectados pelo zika vírus, agente infeccioso até então inédito no País e transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti. Segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro, oito pacientes são de Camaçari, na Bahia. Os demais casos foram confirmados em cidades do Rio Grande do Norte. O número pode subir, já que outras 1.200 ocorrências, a maioria no Nordeste, ainda são investigadas.
A possibilidade de circulação do zika vírus foi apontada por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que investigavam uma “doença misteriosa” no Nordeste, conforme foi divulgado no início deste mês. A suspeita é que o vírus tenha chegado ao Brasil com turistas na Copa do Mundo no ano passado. Para o ministro, a confirmação da entrada do zika vírus no Brasil “não preocupa: É uma doença benigna e que tem cura. A nossa preocupação é a dengue, porque a dengue mata”, disse.
Em geral, o zika vírus provoca manchas no corpo, coceira, febre baixa, além de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações. Em alguns casos, pacientes também apresentam vermelhidão nos olhos. Os sintomas persistem por até sete dias. Assim como a dengue, ainda falta remédio específico para o zika vírus. O tratamento é baseado no uso de medicamentos para febre e dor. O uso de ácido acetilsalicílico e drogas anti-inflamatórias é desaconselhado, devido ao risco aumentado de complicações.
Epidemia
Chioro disse ainda que, tecnicamente, o Brasil enfrenta uma epidemia de dengue, uma vez que o número de casos identificados no País se enquadra no critério de epidemia definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS): mais de 300 notificações para cada 100 mil habitantes.
Segundo ele, o cenário é mais grave nos estados de São Paulo, Goiás e do Acre. Até o dia 18 de abril deste ano, foram registradas 745.957 ocorrências de dengue no Brasil. A incidência da enfermidade chega a 367,8 casos para cada 100 mil pessoas. O Sudeste apresentou o maior número de notificações, 489.636 (66,2%); seguido pelo Nordeste, 97.591 (11,5%); e o Centro-Oeste, 85.340 (12,4%). (das agências de notícias).
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